Emasa anuncia normalização do abastecimento de água

Ricardo Campos confere in loco a situação
Ascom/Alex de Souza

Com as chuvas que caíram nas bacias dos rios Colônia e Salgado, tributários do Cachoeira, e no Rio Almada, que supre a captação de Rio do Braço, a Emasa já começa a normalizar o abastecimento de água para a população de Itabuna que, no máximo na próxima semana, atingirá o nível de antes da escassez hídrica. O sistema de captação, tratamento e distribuição sofreu graves prejuízos em decorrência da severa estiagem, no Sul do Estado, de cerca de 180 dias de duração, que causou a escassez nos reservatórios e torneiras e elevou os níveis de cloretos tornando a água salobra.

O presidente da Emasa, Ricardo Campos, informou ao prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, que nesta sexta-feira estão sendo captados 400 litros por segundo no manancial do Rio do Braço, em Ilhéus, e 350 litros por segundo em Nova Ferradas, índice que atende às necessidades normais de abastecimento à Itabuna. Além disso, garantiu que a água atualmente ofertada encontra-se dentro das especificações definidas pelo Ministério da Saúde, portanto apropriada para consumo humano.

O prefeito Claudevane Leite realçou a dedicação e o empenho dos técnicos e diretores da Emasa que não mediram esforços na busca de soluções que mitigassem as condições adversas ao abastecimento de água entre o final de novembro do ano passado e o início de janeiro deste ano. Diante da gravidade da situação, Vane assinou decreto no começo de dezembro declarando situação de emergência em todo o município. A medida visou minimizar os estragos causados pela falta de chuvas e possibilitar ao município buscar apoio junto aos

Governos estadual e federal - Além de transferir a captação para o manancial de Castelo Novo, no Rio Almada, seis quilômetros abaixo de Rio do Braço, a Emasa fez a distribuição estratégica de 68 reservatórios em vários bairros da cidade, com capacidade para 10 mil litros, abastecidos por caminhões pipa contratados emergencialmente. A empresa também fez investimentos na aquisição de três mangotes de 300 milímetros, com 12 metros extensão, e de 15 flutuadores para a substituição imediata dos que apresentaram vazamento e defeito.

O prefeito também lembrou que todas as medidas possíveis para manter o funcionamento dos serviços essenciais, a exemplo de creches, escolas, unidades básicas de saúde, hospitais foram adotadas pela Emasa. “A equipe atuou firmemente para atender as necessidades da população, demonstrando elevado profissionalismo”, disse Vane, acrescentando que também reconhecia a cooperação da população que atendeu às recomendações de economizar e evitar a ingestão de água no período mais grave, quando os níveis de cloretos em muito excederam o preconizado pelo Ministério da Saúde.

O presidente da Emasa, Ricardo Campos, se disse surpreso com a notícia de que o Ministério Público teria ajuizado ação contra a empresa por danos morais contra o consumidor, cumulada com pedido de anulação de faturas de consumo relativas a dezembro do ano passado e janeiro desse ano e devolução de dinheiro pago ao consumidor.  “Considero estranha à ação, porque ainda não fomos notificados e já há divulgação pela imprensa. Mas, havendo a regular citação, apresentaremos à Justiça a defesa dentro do devido processo legal e das normais processuais cabíveis”, afirmou.